terça-feira, 20 de setembro de 2016

Prometendo mudança, Renato Gaúcho é apresentado no Grêmio

O maior ídolo da torcida do Grêmio voltou para casa. Contratado para substituir Roger Machado até o final do ano, Renato Portaluppi foi apresentado oficialmente como treinador na manhã desta segunda-feira, na Arena. Recebeu do presidente Romildo Bolzan Júnior a camisa de número 113, alusiva ao aniversário do clube, prometeu muito trabalho para findar com a crise técnica do time, sem vencer a sete jogos no Campeonato Brasileiro.
                – O papel do treinador é procurar fazer o time jogar bem, em busca de vitórias. Muitos jogam bem e os resultados não aparecem. Sempre sobra para o treinador se não tem resultado. O (Grêmio) tem um bom grupo, na minha opinião merecia estar melhor colocado no campeonato. Vindo para cá, vou procurar contribuir com o grupo para que a gente busque as vitórias. No grande clube, o treinador vive de vitórias – afirmou Renato.
                O novo técnico gremista deu a entender que vai priorizar a Copa do Brasil, mas não jogou a toalha no Campeonato Brasileiro – com a derrota para o Fluminense, o Grêmio caiu para a 11ª posição na tabela, com 37 pontos, a oito do G-4. Falou sobre o esquema que pretende adotar e prometeu um Grêmio diferente já na partida desta quarta-feira contra o Atlético-PR, na Arena, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
                – Sempre gostei de time ofensivo, mas precisa ter as peças. Muita gente criticava o time em 2013 porque tinha três cabeças de área. Tinha times com 4 atacantes e não chegaram. Às vezes, o treinador quer um esquema, no momento que tem as peças vai realizar o sonho do esquema dele. Mas o Grêmio vai ser diferente a partir de quarta, pode ter certeza – prometeu.
                Mais cedo, cerca de 50 torcedores recepcionaram o ídolo no aeroporto Salgado Filho. O desembarque, no entanto, foi ofuscado por tiros e morte no saguão do terminal. Sempre reverenciado pela torcida tricolor, o técnico também chega com a missão de promover a reconciliação entre time e torcida – vaias e protestos foram registrados na Arena no último domingo. E ele sabe que precisa contar com apoio da torcida.
                – Não tem um clube no mundo que não tenha queda de rendimento no campeonato. Infelizmente apareceu em um momento ruim para o Grêmio. Resta boa parte do campeonato e o Grêmio tem todas as condições de se reerguer. A coisa está ruim? É digamos que esteja. Mas não está péssima como estão colocando. O que a gente tem que fazer é falar o menos possível, trabalhar bastante, e desde já peço ao torcedor que tem que abraçar o grupo e o clube, vir ao estádio para incentivar e apoiar – convocou.
                Renato terá sua terceira passagem pelo Grêmio como técnico, agora aos 54 anos. Assumiu o Tricolor em 2010 e 2013, conseguindo classificar o time para a Libertadores nas duas ocasiões. Essa, aliás, é a esperança da diretoria. Com a derrota para o Fluminense, o time caiu para a 11ª posição na tabela, com 37 pontos, e se distanciou ainda mais do G-4.
                O último trabalho de Renato como treinador foi em 2014, quando teve a quinta passagem pelas Laranjeiras. Comandou o Fluminense em 18 partidas e foi demitido após eliminação na semifinal do Carioca. Teve nove vitórias, cinco empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 59,2%.
Junto com Renato, chega Valdir Espinosa, técnico campeão da América e do mundo em 1983. Como coordenador técnico, ela vai reeditar a parceria com seu ex-camisa 7 e terá trânsito em todas as categorias do clube. O ex-treinador também teve uma segunda passagem pelo clube em 1986, quando foi campeão gaúcho. Embora tenha circulado pelo futebol brasileiro como técnico, nunca mais voltou a comandar o Tricolor. O último trabalho ocorreu no Metropolitano, neste ano, no qual disputou apenas sete partidas, com duas vitórias, dois empates e três derrotas.

Fonte: GloboEsporte.com
Foto: Eduardo Moura / GloboEsporte.com

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