O maior ídolo da torcida do
Grêmio voltou para casa. Contratado para substituir Roger Machado até o final
do ano, Renato Portaluppi foi apresentado oficialmente como treinador na manhã
desta segunda-feira, na Arena. Recebeu do presidente Romildo Bolzan Júnior a
camisa de número 113, alusiva ao aniversário do clube, prometeu muito trabalho
para findar com a crise técnica do time, sem vencer a sete jogos no Campeonato
Brasileiro.
– O
papel do treinador é procurar fazer o time jogar bem, em busca de vitórias.
Muitos jogam bem e os resultados não aparecem. Sempre sobra para o treinador se
não tem resultado. O (Grêmio) tem um bom grupo, na minha opinião merecia estar
melhor colocado no campeonato. Vindo para cá, vou procurar contribuir com o
grupo para que a gente busque as vitórias. No grande clube, o treinador vive de
vitórias – afirmou Renato.
O novo
técnico gremista deu a entender que vai priorizar a Copa do Brasil, mas não
jogou a toalha no Campeonato Brasileiro – com a derrota para o Fluminense, o
Grêmio caiu para a 11ª posição na tabela, com 37 pontos, a oito do G-4. Falou
sobre o esquema que pretende adotar e prometeu um Grêmio diferente já na
partida desta quarta-feira contra o Atlético-PR, na Arena, pelo jogo de volta
das oitavas de final da Copa do Brasil.
–
Sempre gostei de time ofensivo, mas precisa ter as peças. Muita gente criticava
o time em 2013 porque tinha três cabeças de área. Tinha times com 4 atacantes e
não chegaram. Às vezes, o treinador quer um esquema, no momento que tem as
peças vai realizar o sonho do esquema dele. Mas o Grêmio vai ser diferente a
partir de quarta, pode ter certeza – prometeu.
Mais
cedo, cerca de 50 torcedores recepcionaram o ídolo no aeroporto Salgado Filho.
O desembarque, no entanto, foi ofuscado por tiros e morte no saguão do
terminal. Sempre reverenciado pela torcida tricolor, o técnico também chega com
a missão de promover a reconciliação entre time e torcida – vaias e protestos foram
registrados na Arena no último domingo. E ele sabe que precisa contar com apoio
da torcida.
– Não
tem um clube no mundo que não tenha queda de rendimento no campeonato.
Infelizmente apareceu em um momento ruim para o Grêmio. Resta boa parte do
campeonato e o Grêmio tem todas as condições de se reerguer. A coisa está ruim?
É digamos que esteja. Mas não está péssima como estão colocando. O que a gente
tem que fazer é falar o menos possível, trabalhar bastante, e desde já peço ao
torcedor que tem que abraçar o grupo e o clube, vir ao estádio para incentivar
e apoiar – convocou.
Renato
terá sua terceira passagem pelo Grêmio como técnico, agora aos 54 anos. Assumiu
o Tricolor em 2010 e 2013, conseguindo classificar o time para a Libertadores
nas duas ocasiões. Essa, aliás, é a esperança da diretoria. Com a derrota para
o Fluminense, o time caiu para a 11ª posição na tabela, com 37 pontos, e se
distanciou ainda mais do G-4.
O
último trabalho de Renato como treinador foi em 2014, quando teve a quinta
passagem pelas Laranjeiras. Comandou o Fluminense em 18 partidas e foi demitido
após eliminação na semifinal do Carioca. Teve nove vitórias, cinco empates e
quatro derrotas, um aproveitamento de 59,2%.
Junto com Renato, chega Valdir
Espinosa, técnico campeão da América e do mundo em 1983. Como coordenador
técnico, ela vai reeditar a parceria com seu ex-camisa 7 e terá trânsito em
todas as categorias do clube. O ex-treinador também teve uma segunda passagem
pelo clube em 1986, quando foi campeão gaúcho. Embora tenha circulado pelo
futebol brasileiro como técnico, nunca mais voltou a comandar o Tricolor. O
último trabalho ocorreu no Metropolitano, neste ano, no qual disputou apenas
sete partidas, com duas vitórias, dois empates e três derrotas.
Fonte: GloboEsporte.com
Foto: Eduardo Moura / GloboEsporte.com
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